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Crise causa fechamento de usinas e demissão no setor sucroenergético

Endividamento financeiro acumulado e excesso de produção subsidiada de açúcar no mundo estão entre os principais fatores, juntamente com a crise financeira do país, que resultaram no fechamento de quatro usinas no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba e a perda de seis mil empregos. De acordo com o Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool no Estado de Minas Gerais (Siamig), isso se deve especialmente à baixa remuneração tanto do açúcar quanto do etanol.
O presidente da entidade, Mário Campos Ferreira Filho, explica que a situação enfrentada pelo setor hoje é reflexo de políticas implementadas entre 2010 e 2014 que elevaram a dívida para 110% do faturamento anual. “Em muitos casos, o pagamento dessa dívida tem inviabilizado a continuidade da operação. O governo estabeleceu grande interferência no mercado de combustíveis, mantendo o preço da gasolina estável neste período. Como o setor produz combustível concorrente à gasolina, ele foi altamente prejudicado por não conseguir repassar os aumentos de custos na produção ao preço final, resultando em perda de competitividade do etanol. Com isso, oito usinas fecharam as portas em Minas Gerais”, avalia.
Por outro lado, as perspectivas são de melhora, pois o setor de produção do etanol é um dos únicos no Brasil que aumentaram o nível de vendas por conta da redução do ICMS mineiro de 19% para 14%. Mário Campos explica que se antes o setor não tinha mercado e bom preço, com esta medida o produtor agora tem mercado para vender, mas o preço ainda não é suficiente para garantir a recuperação imediata do setor. Mesmo com a crise, o setor, composto por 37 unidades em funcionamento no Estado, ainda emprega 80 mil pessoas.
Conforme o presidente da Siamig, o início da recuperação se dará a partir de 2016 em virtude da retomada da incidência da Contribuição para Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre combustíveis que fará o preço médio da gasolina na bomba aumentar 7%. Para o consumidor, a relação de preço etanol/gasolina em Minas Gerais caiu de 74% em 2014 para 65% este ano, favorecendo a venda do etanol. Hoje, o consumo mensal do combustível cresceu 160%, subindo de 54 milhões de litros para 141 milhões. Porém, o preço ainda não é repassado ao produtor e à usina, pois as melhorias são absorvidas por postos e distribuidoras.
Segundo Campos, produtores exportadores de açúcar, especialmente no Triângulo Mineiro, conseguiram sobreviver por um tempo, porém o excesso do produto no mercado, causado pela produção subsidiada de vários países, também fez o preço do açúcar despencar, sendo o menor dos últimos seis anos.


Fonte: Jornal da Manhã

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