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Grupo Faria recorre à Justiça para retomar atividades após dívida de R$ 1 bilhão


Um dos maiores grupos do setor sucroenergético do Nordeste, o Grupo Farias, entrou em recuperação judicial. O pedido foi aceito pelo juiz Antônio Carlos dos Santos, da Comarca de Cortês, que considerou a medida necessária para garantir a manutenção das atividades da empresa e os empregos. O grupo emprega cerca de 13 mil trabalhadores nas empresas localizadas em Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo e Goiás. A dívida total com bancos, fornecedores e trabalhadores é estimada em R$ 1 bilhão, incluindo os juros de financiamentos obtidos pelo grupo. Após a assembleia convocada pelo administrador, o grupo empresarial terá o prazo de 60 dias para apresentar um plano de recuperação financeira, que inclui a proposta de pagamento dos credores.



A sede do Grupo Farias fica no município de Cortês, em Pernambuco. Por isso,- o pedido de recuperação judicial foi entregue à comarca local. O juiz Antônio Carlos dos Santos disse que deferiu o pedido porque aposta na capacidade de recuperação financeira da empresa. “O que me levou a atender o pedido é porque eu acho que o grupo é plenamente recuperável, e também, para preservar os empregos em Pernambuco e em outros estados”. O grupo possui empresas também em Baía Formosa, no Rio Grande do Norte, Anicuns, Itapuranga e Itapeci, em Goiás, e na cidade de Rio das Pedras, em São Paulo.

Segundo o juiz, os maiores credores do grupo empresarial são os bancos, entre eles, o Bradesco e Credit Suisse. Juntas, as instituições financeiras teriam a receber R$ 532 milhões. A dívida estimada com os trabalhadores é de R$ 7 milhões. No processo de recuperação judicial é nomeado um administrador judicial para convocar os credores e as empresas para negociarem um prazo de pagamento das dívidas. O administrador é José Luiz Lindoso da Silva, que atuou na recuperação judicial da Usina Bom Jesus. “Espero que as empresas continuem funcionando normalmente durante este período”, assinalou.

Com a recuperação judicial autorizada no início de maio, os processos de cobrança contra o grupo empresarial são suspensos. Nos últimos anos, várias empresas do setor sucroalcooleiro entraram com pedido de recuperação judicial. As dificuldades do Grupo Farias iniciaram em 2007, devido à crise do setor sucroalcooleiro. Os últimos dados financeiros divulgados em 2013 apontavam o faturamento anual de R$ 850 milhões, com a capacidade de moer 8,5 milhões de toneladas de cana.

O Diario procurou o escritório de advocacia Dias Carneiro de São Paulo, que apresentou o pedido de recuperação judicial à Justiça, para falar sobre a situação do grupo empresarial. Até o fechamento da edição não houve retorno. O Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar) também foi procurado, mas não indicou porta-voz para comentar a situação do grupo.


Fonte: Diário de Pernambuco

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