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Safra de cana está no fim e deve ser menor este ano

A produção de cana-de-açúcar nesta safra não será como o setor queria. A falta de chuvas afetou a produtividade e a qualidade das plantações. A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) fechou o balanço da safra em 585 milhões de toneladas na região Centro-Sul do País. Isso significa 22 milhões a menos do que no ano passado.

José Fernandes Rio é diretor-presidente de uma usina em Itajobi (SP) e diz que o setor enfrenta uma crise profunda e os preços são muito baixos. A indústria esperava moer 1 milhão e 870 toneladas de cana, mas faltaram 50 toneladas para atingir a meta.

Mas mesmo com o momento ruim, tem empresa que conseguiu resultado diferente. É o caso de uma usina em Olimpia (SP), que moeu pouco mais de 20 milhões de toneladas, cerca de 2,5% a mais que em 2016 e 1% a mais do que o esperado para a safra.

O diretor de operações agroindustriais da empresa, Raul Guaragna, diz que o resultado reflete o investimento nos canaviais. Para ele, a escolha das variedades corretas, o uso de tecnologia e o manejo adequado garantiram o crescimento da produção.

Importação brasileira de etanol cresce 26,9% em outubro

A importação de etanol em outubro pelos portos brasileiros movimentou US$ 43,21 milhões, alta de 26,9% sobre o total gasto com a compra do combustível em igual mês de 2016, de US$ 30,06 milhões. No acumulado de 2017, as compras externas do combustível somaram US$ 837 milhões, uma disparada de 225,6% sobre os dez primeiros meses do ano passado, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Apesar da alta na importação de outubro, o etanol foi superavitário na balança comercial do biocombustível. As vendas externas de etanol geraram uma receita de US$ 88,1 milhões no mês passado, alta 16,5% sobre igual mês do ano passado. Esse faturamento gerou um saldo positivo setorial de US$ 44,89 milhões.

Em 23 de agosto, a Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex) taxou em 20% o volume de etanol que vier superar uma cota de 150 milhões de litros importados a cada trimestre. A medida freou a compra do combustível importado, mas não deve evitar um déficit comercial na balança comercial do etanol.

No acumulado anual, a receita com as exportações de etanol recuaram 16,3% sobre os dez primeiros meses de 2016, para US$ 692,4 milhões. Se descontadas as importações, essa receita gerou um déficit na balança comercial do biocombustível de US$ 144,6 milhões entre janeiro e outubro.




Fonte: Estadão Conteúdo

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