Fabiana Batista
Empresas produzem utilizando estoque de bagaço de 2014


A moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul já está praticamente encerrada, mas algumas usinas continuam a produzir eletricidade a partir do bagaço e de outras biomassas. Conforme dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), entre 1 e 13 de janeiro, a cogeração com esse tipo de matéria-prima cresceu 107% no país, na comparação com igual intervalo de 2014. Foram 783 Megawatts (MW) médios no acumulado desse período, em torno de 90% produzido por usinas de cana.

Apesar de robusta, a maior cogeração do setor pode não se sustentar ao longo das próximos meses. Em primeiro lugar, afirma Zilmar de Souza, consultor de bioenergia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), porque o ritmo acelerado de janeiro está sendo sustentado por estoques de matéria-prima (bagaço, palha e entre outras) feitos pelas empresas no ano passado, quando os preços da energia no mercado à vista bateram o recorde de R$ 822 o MWh - que foi o teto em vigor até 2014 do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), que serve de referência para o mercado livre do insumo.

Meio de pagamento a fornecedores será debatido em evento por Manoel Ortolan, presidente da Orplana


O Consecana, método de pagamento de cana-de-açúcar para os fornecedores da região Centro-Sul do país, é candidato a entrar em prática no setor sucroenergético da Colômbia.

O presidente da Organização dos Plantadores de Cana (Orplana), Manoel Ortolan, apresentará os detalhes do Consecana durante palestra, em 19 de fevereiro próximo, no Simpósio Internacional ‘Negócios com valor agregado em cana’, a ser promovido pela Associação Colombiana de Produtores e Provedores de Cana (Procaña), em Cali.

A partir do encontro, representantes de produtores de cana e de unidades da Colômbia pretendem encontrar um método de pagamento pela matéria-prima do etanol e do açúcar.

O evento também abordará a cogeração de energia elétrica, que já é praticada por unidades produtoras da Colômbia.