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Ex-ministro FBC segue recebendo homenagens, desta vez dos fornecedores de cana

Enquanto o governo da presidente Dilma Rousseff recebe duras críticas do setor sucroenergético paulista, pela falta de política pública voltada para o desenvolvimento do setor, um ex-ministro dela é homenageado pelo segmento canavieiro nordestino.

Fernando Bezerra Coelho, ex-ministro da Integração Nacional até 2013, receberá nesta segunda-feira (17), às 11h, na Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), a comenda de honra ao mérito canavieiro. O premio é conferido pela União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) – entidade de classe regional que representa 21 mil canavieiros na Região Nordeste.

A comenda de honra ao mérito canavieiro é conferida a políticos que se destacam pelo serviço prestado à manutenção e ao fortalecimento da cultura da cana-de-açúcar nordestina. Até hoje somente dois políticos receberam tal premiação da Unida. O atual ministro do Tribunal de Contas da União, José Múcio Monteiro recebeu no ano de 2009; e no ano passado, foi a vez do presidente do Senado, Renan Calheiros.

Para o presidente da Unida e da AFCP, Alexandre Andrade Lima, a decisão de entregar a comenta para Fernando Bezerra Coelho é uma questão de justiça com o político diante da sua trajetória em defesa do setor nordestino.

“Antes de ser ministro de Integração Nacional, ele foi secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, e sempre contribuiu no fortalecimento da cadeia produtiva da cana do Estado e nordestina”, diz Lima. O dirigente lembra que Coelho foi indispensável para manter a Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool em funcionamento nos anos em que esteve à frente da secretaria estadual, mas acabou logo após a sua saída para assumir o ministério da presidente Dilma.

“Enquanto ministro ele foi fundamental para a manutenção do segmento canavieiro nordestino”, diz Lima.

“Fernando Bezerra Coelho contribuiu diretamente para instituir o programa de subvenção econômica da cana nordestina, em 2008, bem como foi indispensável na continuidade do benefício nos anos posteriores. Outro destaque atribuído ao político remoto a uma das últimas ações dele como ministro. Ele criou o Comitê Temático Interinstitucional para Recuperação do Setor Sucroenergético Nordestino. O grupo é formado por integrantes de vários ministérios, além de representantes da classe canavieira. “O Comitê é o canal institucional dos produtores nordestinos direto com o governo federal”, agradece Lima.

Pernambuco – Durante a entrega da comenda regional de honra ao mérito canavieiro, o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho também vai receber uma premiação do presidente do Sindicato dos Cultivadores de Cana de Pernambuco (Sindicape), Gerson Carneiro Leão. O dirigente do órgão de classe também vai conferir menção honrosa ao político pelo serviço prestado em defesa da classe pernambucana.

Em crise, matriz energética sofre com diferença de investimentos



André Ricci, da Redação


"Fatores políticos interferem diretamente", destaca especialista

“A diferença de investimentos entre as diversas fontes de energia, esbarra nos interesses políticos, econômicos e financeiros de nosso governo”. É o que aponta o engenheiro Humberto Vaz Russi, da Aliança Engenheiros Associados, ao analisar o atual momento brasileiro em relação a geração de energias renováveis.

“Nossa matriz tem uma participação hídrica muito grande, que depende diretamente das condições de chuvas durante o ano. A escassez de chuvas versus consumo elétrico definirá os preços de mercado neste período. Com relação a capacidade das unidades de processamento de cana neste período, há algumas poucas que geram neste período. Além dos entraves econômicos e financeiros do setor, poucas plantas estão projetadas para poder operar nesta época, já que a maioria se encontra em manutenção”, complementa o especialista.

O assunto vem sendo debatido em função do forte calor, que aumentou o consumo de energia, e as chuvas escassas, que provocaram a redução dos níveis dos reservatórios das principais usinas hidrelétricas do país.

Com o problema, o custo da geração de energia está em alta, chegando a R$ 882 o megawatt-hora, valor limite estabelecido pela Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica. “O setor sucroenergético precisa de linhas de Crédito mais acessíveis e preços de comercialização condizentes com a realidade”, finaliza Russi.

Parcerias

Pernambuco Equipamentos de Proteção Individual Ltda