BRASIL BATE RECORDE DE PRODUÇÃO, CONSUMO E VENDA DE ETANOL EM 2018/2019
O Brasil bateu recordes de produção, consumo e venda de etanol na safra 2018/2019, encerrada em março, mostram dados consolidados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) divulgados nesta quinta, 2. A oferta do biocombustível foi de 33,10 bilhões de litros - 9,91 bilhões de litros de anidro e 23,18 bilhões de litros de hidratado - pouco mais de 10% a mais que o recorde anterior, de 30 bilhões de litros, da safra 2015/2016, e alta de 19% sobre os 27,8 bilhões de litros de 2017/2018.
Com os preços pouco remuneradores do açúcar, o setor deixou de produzir quase 10 milhões de toneladas e de exportar 8 milhões de toneladas do adoçante em relação ao ciclo 2017/2018. Com isso, 64,3% da cana processada foi destinada ao etanol e o volume comercializado pelas usinas e destilarias brasileiras somou 30,61 bilhões de litros, alta de 20,44% sobre o apurado em 2017/2018, de 25,42 bilhões de litros.
As vendas de etanol hidratado das unidades produtoras atingiram 21,43 bilhões de litros, alta de 39,7% quando comparadas às do ciclo agrícola anterior. A comercialização de etanol anidro, utilizado na mistura à gasolina, diminuiu 8,88%, para 9,18 bilhões de litros em 2018/2019. As vendas de etanol para o mercado industrial permaneceram estáveis entre as safras, em 920 milhões de litros.
COMO O GOVERNO PREPARA O FIM DO MONOPÓLIO DA PETROBRAS
Para quebrar o tabu estatista serão vendidas oito refinarias e parte da BR Distribuidora — mas a criação de um novo cartel precisa ser evitada
O governo quer quebrar mais uma barreira do estatismo com a privatização de oito das treze refinarias da Petrobras e uma parte graúda de sua participação na BR Distribuidora. Em paralelo, há estudos para o fim do controle no tratamento e distribuição de gás, com incentivos ao consumo e a mais que necessária redução de impostos. Todavia, essas iniciativas só farão sentido se tornarem os preços do gás, gasolina, etanol e diesel menos pesados aos consumidores finais.
Para que tudo dê certo, é preciso criar regras que evitem a troca de um monopólio público por um oligopólio. O objetivo é tentar pulverizar as ofertas entre o rol de interessados. Para tanto, já se fala até em reduzir os preços iniciais. A notícia é um alento, mas só vai virar realidade daqui um ano e meio. Nem por isso executivos da Petrobras deixaram de ser procurados por colegas de outras petroleiras em busca de informações. A expectativa é que a turma da estatal seja assediada na OTC 2019, evento mundial do setor petrolífero que ocorre na semana que vem em Houston, no Texas.