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SETOR DE CANA DESCARTA AMEAÇA COM BOLSONARO E DIZ QUE DIÁLOGO PRECISARÁ SER INTENSO

O governo de Jair Bolsonaro (PSL), eleito no domingo com 55,1 por cento dos votos válidos, não representa uma ameaça às demandas do setor sucroenergético brasileiro, mas será necessário um forte diálogo com o novo presidente, que assume em 1° de janeiro de 2019, disseram lideranças do segmento nesta segunda-feira.

A cadeia produtiva de açúcar e etanol do país, um dos maiores produtores de ambas as commodities e principal exportador do adoçante, surpreendeu-se com declarações de Bolsonaro durante o período de campanha, incluindo promessas de deixar o Acordo do Clima de Paris e rever as relações comerciais com a China, um importador de açúcar do Brasil.

MATO GROSSO AUMENTARÁ A AUTOSSUFICIÊNCIA EM ETANOL, PROJETA SINDALCOOL

Projeta-se que até 2022, Mato Grosso produzirá mais milho que do que soja, dado que reforça o otimismo do setor de biocombustíveis, que vive o boom da produção do etanol de milho. Segundo o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso(Sindalcool), Jorge dos Santos, projeta-se colher 30 milhões de toneladas de milho em 2018, em Mato Grosso, sendo que destes, 1,5 milhão são destinados para a produção de etanol e 4 milhões para a alimentação animal direta.

“Em Mato Grosso, somente este ano foram produzidos 30 milhões de granéis de milho e exportados 17 milhões, fora os 8 milhões enviados ao mercado interestadual, principalmente Sul e Nordeste, além do que se consumiu internamente, cerca de 4,5 milhões de toneladas, já computados o consumido com etanol. Em um futuro próximo, a previsão é que quando tivermos atingido 50 milhões de litros de etanol, estaremos produzindo 50 milhões de toneladas de milho só em Mato Grosso”, frisa.

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