DIESEL RENOVÁVEL NA MATRIZ DE BIOCOMBUSTÍVEIS TRAZ BENEFÍCIOS AO PAÍS
Biodiesel, que tem uma reserva controversa no mercado brasileiro, pode causar entupimentos em filtros e bombas de veículos
O debate sobre a entrada do diesel renovável na matriz de biocombustíveis do Brasil tem repercutido significativamente, mas infelizmente informações incorretas são propagadas para evitar a entrada deste concorrente do biodiesel. Enquanto o diesel renovável já é usado na Europa e nos EUA, em taxas crescentes há dez anos, sua comercialização no Brasil ainda está em discussão no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), com definição prevista para 2021. Nesse cenário, é importante que o debate público seja feito em alto nível, com critérios técnicos e informações verdadeiras.
Atualmente só o biodiesel éster pode ser utilizado na parcela de biocombustíveis misturados ao diesel derivado do petróleo no Brasil. Na atual regulamentação, 12% de biodiesel compõe a mistura vendida nos postos. Patenteado em 1937, o biodiesel possui contaminantes que podem causar entupimentos em filtros e bombas dos veículos, se usado em teores superiores a 10% no produto final. Além disso, o biodiesel possui metais que, em motores modernos, afetam os catalisadores de tratamento, permitindo a emissão de mais poluentes, como óxidos de nitrogênio e material particulado, em relação a biocombustíveis mais modernos. O uso do biodiesel éster foi limitado a 7% na mistura ao diesel de petróleo na Europa. Testes realizados com teores de 10% ou mais de biodiesel mostram problemas nas emissões veiculares.
‘Agronegócio evitou que desemprego chegasse a 1 milhão de pessoas’
Na avaliação do comentarista Benedito Rosa, dados sobre o mercado de trabalho no setor reforçam a importância social do agro
Uma pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostrou que o número de trabalhadores no agronegócio cresceu 1,3% no terceiro trimestre de 2020, na comparação com o trimestre anterior, somando 217 mil trabalhadores.
Ao analisar os números, o comentarista do Canal Rural, Benedito Rosa, afirma que o setor produtivo contribuiu para a redução do desemprego no país.
“A perda de mercado de trabalho no Brasil foi de 883 mil pessoas no terceiro trimestre do ano passado. Enquanto isso, o agro criou 217 mil empregos. Ou seja, o Brasil teria perdido 1 milhão e 100 mil empregos nesse período não fosse a contra partida que o agro deu nesse sentido”, destaca.
Ainda segundo o comentarista, os dados do Cepea servem para mostrar a importância social do setor. “Aqueles que acham, por razoes ideológicas, que o agronegócio não tem importância do ponto de vista social, já que no lado econômico é impossível de se negar, estão aí os números. O mercado de trabalho só performou porque o agro foi pujante”, reforça Benedito Rosa.
Fonte: Canalrual