CONSUMO DE ETANOL ATINGE PATAMAR RECORDE EM JANEIRO
Segundo dados publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e compilados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), em janeiro deste ano, o volume de etanol consumido no Brasil alcançou 1,37 bilhão de litros, maior volume já registrado para o primeiro mês do ano, apontando notável crescimento de 55,3% em comparação a janeiro de 2017.
Esse aumento também reflete a participação do biocombustível na matriz de combustíveis da frota de veículos de passeio e carga leve (ciclo Otto), 43,2% em janeiro. Vale ressaltar que este percentual é o maior desde novembro de 2015, período em que o índice atingiu 44,0%.
Ainda em janeiro, de acordo com o Levantamento de Preços ao Consumidor e de Margens de Comercialização de Combustíveis realizado pela ANP, a paridade média entre os combustíveis observada no Brasil foi de 71%. Porém a diferença de preços chama a atenção. O fóssil chegou a ficar R$ 1,21/litro mais caro que o renovável, este é o maior contraste já observado em relação ao mesmo período. Isso resulta em um cenário inédito de preços para o mês, tendo cerca de 60% dos municípios amostrados no país com uma relação de preços acima de R$ 1,00/litro, sendo um importante indutor de competitividade do etanol hidratado mesmo durante o período de entressafra.
As vendas de gasolina C totalizaram 3,38 milhões de litros, indicando uma sensível redução de 9,05% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O consumo de combustíveis leves no Brasil em janeiro de 2018 somou 4,35 bilhões de litros de gasolina equivalente (soma de etanol hidratado e gasolina C considerando o diferencial de rendimento do biocombustível), indicando um ligeiro crescimento de 0,15% em relação ao observado em janeiro de 2017.
Fonte: UNICA
COSAN: INÍCIO DE SAFRA SERÁ UM POUCO MAIS ALCOOLEIRO COM PREÇOS RAZOÁVEIS
O diretor de Relações com Investidores da Cosan, Guilherme Machado, afirmou nesta sexta-feira, 23, em teleconferência sobre os resultados do quarto trimestre de 2017 (4T17) e sobre o ano civil de 2017 da companhia, que o início da safra 2018/2019 de cana-de-açúcar, a partir de abril, deve ser mais alcooleiro do que em safras anteriores, conforme previsto anteriormente.
Isso ocorre por causa de preços mais remuneradores e por uma demanda aquecida pelo biocombustível, ao contrário do que ocorre com o açúcar. No entanto, segundo ele, ao longo do ano, com a safra alcooleira e a consolidação de uma oferta menor de açúcar pelo Brasil, os preços do adoçante podem se recuperar.
Ao final do trimestre passado, a companhia tinha apenas 20% da oferta exportável na safra 2018/2019, 614 mil toneladas, travados no mercado futuro, a um preço de 15 centavos de dólar por libra-peso, ou R$ 0,52 por libra-peso. “É bem menos do que a safra anterior, mas esperamos uma recuperação ao longo do ano por conta da safra mais alcooleira do País”, relatou Machado.
Indagado se a companhia esperava a manutenção de importações aquecidas de etanol, mesmo com a taxação de 20% imposta desde agosto de 2017, Machado afirmou que a demanda pelo biocombustível “é consistente em preços bastante razoáveis” e que a uma revisão dessa medida por parte do governo não se concretizou.
Fonte: Estadão Conteúdo