GOVERNO MINEIRO REAJUSTA ICMS EM FEVEREIRO
O governo de Minas Gerais vai reajustar novamente o valor-base utilizado para a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) dos combustíveis. Essa é a segunda vez no mês que é anunciada uma majoração na base de cálculo, que começa a valer a partir de amanhã. A decisão foi bastante criticada pelo Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), que aponta que a medida vai onerar ainda mais os consumidores, impactando nas vendas dos postos de combustíveis.
“Isso é traumático para o consumidor, que tem de pagar mais, e para o posto, que está vendendo menos. Costumo ponderar que o posto de gasolina agora está sendo utilizado como mecanismo de arrecadação. Estamos pagando, com este aumento, mais de 50% só de tributos. É uma oneração expressiva, em um produto de necessidade básica do consumidor”, critica o diretor do Minaspetro, Bráulio Chaves.
AÇÚCAR/PERSPEC 2018: MAIOR PRODUÇÃO EM 2017/18 DEVE REVERTER CENÁRIO DE DÉFICIT GLOBAL
Segundo pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, após duas temporadas consecutivas com déficit no balanço entre produção e consumo mundial de açúcar, as projeções para a atual safra global 2017/18 indicam mudança neste cenário. O aumento da produção na Índia, Tailândia e União Europeia vem fortalecendo expectativas de superávit para a próxima safra. A Organização Internacional do Açúcar (OIA) estima que o superávit supere as 4 milhões de toneladas, enquanto o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as 10 milhões de toneladas.
No Brasil, a situação é um pouco diferente. As previsões para a safra 2018/19 do Centro-Sul, maior região produtora, apontam para uma estagnação na produção. Existe um consenso entre os analistas quanto aos motivos da esperada desaceleração no crescimento da cana produzida. Argumenta-se que a crise financeira em algumas unidades produtoras ocasionou uma baixa renovação dos canaviais, bem como a diminuição dos tratos culturais, visando reduzir os custos; isto deve resultar também na queda na produtividade da cana-de-açúcar. No geral, as previsões de produção para a safra 2018/19 têm apresentado pouca variação entre os analistas, girando em torno de 580 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
Em relação ao mix de produção, a temporada 2018/19 deverá ser mais alcooleira, uma vez que se espera que a competitividade do etanol em relação à gasolina continue favorável ao primeiro. A tendência altista dos preços nos mercados de energia, incluindo o petróleo, deve dar suporte aos preços de açúcar. A decisão da Opep em prorrogar o corte de produção para novembro/18 deve manter os preços da gasolina altos no mercado brasileiro em 2018. Com isso, deve aumentar a produção do biocombustível em detrimento do açúcar, contribuindo para impulsionar os preços do açúcar nos mercados doméstico e internacional.
Segundo pesquisa feita pela Reuters junto a analistas do mercado, a média das estimativas para produção de açúcar no Centro-Sul para a safra 2018/19 deve ser de aproximadamente 33 milhões de toneladas, o que seria 6,3% menor do que vem sendo estimado para a safra atual.
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