PRODUÇÃO CANA-DE-AÇÚCAR DEVE CRESCER 1,5% EM MINAS GERAIS
A produção de cana-de-açúcar, em Minas Gerais, foi estimada em 64,63 milhões de toneladas, representando um avanço de 1,5% sobre a safra anterior. Segundo os dados do terceiro Levantamento da Safra de Cana-de-Açúcar 2017/18, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o aumento na colheita se deve aos ganhos em produtividade, que ficou 5,9% maior, uma vez que a área em produção foi reduzida em 4,1%. Na atual temporada, a produção de açúcar crescerá 6,7% e atingirá o volume recorde de 4,2 milhões de toneladas. A produção de etanol ficará 1,9% superior, somando 2,7 bilhões de litros.
A expectativa de atingir uma moagem de 64,63 milhões de toneladas de cana, volume 1,5% superior, se deve ao ganho de 5,9% na produtividade, que passou de 74,6 toneladas de cana por hectare para 79 toneladas. Segundo o relatório da Conab, a melhoria nos tratos culturais foi suficiente para garantir uma boa produtividade. Os técnicos da Conab ressaltaram ainda que, em algumas áreas, devido às boas condições de clima e de solo e ao alto nível tecnológico, foi registrada produtividade em torno de 100 toneladas de cana por hectare.
Ainda segundo a Conab, a redução verificada na área de produção mineira ocorreu devido à prática de rotação de cultura, a não renovação de contratos de arrendamento em área de terceiros e, ainda, à paralisação de uma unidade produtiva. Com isso, a área estimada para a safra 2017/18 é de 818,1 mil hectares em Minas Gerais, dos quais 61% referem-se à área própria e 39% à área de fornecedores.
COM SAFRA DE CANA ESTAGNADA, BRASIL "DESLIGARÁ" MAIS CAPACIDADE DE MOAGEM EM 2018/19
O centro-sul do Brasil, principal região canavieira do mundo, pode iniciar a próxima safra com quase 9 milhões de toneladas de capacidade de moagem “desligada”, reflexo de grupos sucroenergéticos endividados ou em busca de redução de custos e otimização da operação em meio à falta de matéria-prima.
O volume, calculado pela Reuters com base em informações apuradas no mercado, pode aumentar para mais de 20 milhões de toneladas considerando alguns grupos em recuperação judicial que ainda vivem incertezas sobre a continuidade das atividades na temporada 2018/19, que começará em abril.
O total parado não necessariamente representará perda de capacidade, até porque as unidades poderão ser reativadas no futuro, mas mostra as dificuldades de um setor com produção de cana estagnada, devido a investimentos insuficientes no passado recente, enquanto aguarda os efeitos de uma nova política de biocombustíveis para retomar a expansão da cultura.
Até o momento, Raízen, joint venture entre Cosan e Shell, e Biosev, braço sucroenergético da Louis Dreyfus Company, informaram oficialmente que algumas de suas usinas não vão funcionar na próxima safra.
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