Trabalhadores organizam megaprotesto contra crise do setor sucroenergético – Ronaldo Knack
“Os asiáticos vislumbram a possibilidade de aproveitar sua presença na Usinas Itamarati como trampolim para a venda de equipamentos à própria usina e a terceiros no Brasil – como o nome sugere, a China National Heavy Machiney é uma das grandes fabricantes de maquinários pesados da Ásia” – Relatório Reservado, 24/4/14)
Tudo leva a crer que nesta próxima quarta-feira deve ocorrer o maior movimento de protesto contra a crise que está derretendo a cadeia produtiva sucroenergética. O palco será o recinto da Fenasucro, em Sertãozinho, onde a Força Sindical com o apoio da Prefeitura Municipal de Sertãozinho organizam as comemorações do “Dia do Trabalhador”, que contará com show gratuito do cantor Daniel e deve reunir cerca de 50 mil pessoas, segundo estimativa dos organizadores.
Ao gravarem suas participações do TV BrasilAgro que vai ao ar neste domingo na STZ TV (www.stztv.org.br) e estará na WEB TV dowww.brasilagro.com.br a partir da tarde desta próxima segunda-feira, o sindicalista Antonio Vitor e o secretário da Indústria e Comércio de Sertãozinho, Carlos Roberto Liboni criticaram a postura dos empresários que têm se omitido e acabaram prejudicando o objetivo das Frentes Parlamentares criadas para a defesa do setor sucroenergético.
O Ministro da Fazenda não compreende o setor sucroenergético
- Marcos Fava Neves
Desperto para uma quinta-feira (24/4) cheia de atividades, como quase todos os brasileiros da produção que lerão este texto. Tomo o café assistindo notícias da TV, que pela manhã concentram o show de horrores de ônibus queimados, caixas estourados, tiros dados e acertados, invasões, corruptos indiciados e outros brindes. Simultaneamente leio os jornais, começando pelo esporte, depois cultura, economia e termino na política, onde volta o show de horrores. Recorto algo para processar melhor e refletir, normalmente opiniões. Ainda gosto da leitura no papel.
Mas hoje travei na página B10 do Estadão, na matéria “Governo descarta aumentar 2,5% de etanol na gasolina”. Esta medida foi defendida na Carta de Campo Grande, com políticas públicas e privadas ao setor. Bem planejada, só traria benefícios econômicos, ambientais e sociais à sociedade, seja à Petrobras, à balança comercial, emissões de carbono, geração de empregos e à cadeia produtiva. Especialistas de universidades declararam não acreditar que carros antigos sofram com esta pequena adição.
Destacada na matéria, a frase do Ministro da Fazenda: "Sempre é possível aumentar, mas neste momento não estamos cogitando. Hoje a mistura é de 25% e nós agora estamos num período em que o etanol aumenta sua produção. Estamos começando a safra e vai reduzir o preço do etanol e também dos combustíveis".
Primeiro, um pouco de humor... não é o etanol que aumenta a sua produção. Etanol não decide. Lembrei daquela frase clássica das mocinhas de Congonhas: “a aeronave que fará o voo estimou seu pouso”... ou “devido ao pouso tardio da aeronave, seu voo está atrasado”... Aeronave e etanol ganharam capacidade de decisão!
O Ministro talvez não perceba o dano feito à Petrobrás com esta política populista de preços de combustíveis e ao país na energia elétrica. Se muitos que entendem dizem que os combustíveis e a energia precisam subir, como ele diz que devem cair? Se cair o preço do etanol hidratado, este produto volta a dar prejuízo aos industriais e produtores, como nos últimos anos, e com isto endivida e sucateia mais ainda o setor.