Usina de GO terá piloto para geração de energia solar
Segundo a Jalles, a tecnologia se apresenta como uma solução para as empresas que fazem a cogeração de energia a partir da queima do bagaço
A energia solar acaba de conquistar o setor sucroenergético. Isso porque a Jalles Machado acaba de assinar um protocolo de intenções para o projeto de uma planta piloto de geração desse tipo de energia. “Estamos entusiasmados com esse projeto, pois é uma alternativa para que possamos gerar mais energia limpa”, ressalta o diretor-presidente da Jalles Machado, Otávio Lage de Siqueira Filho. “Estamos entusiasmados com esse projeto, pois é uma alternativa para que possamos gerar mais energia limpa”, ressalta o diretor-presidente da Jalles Machado, Otávio Lage de Siqueira Filho.
A assinatura contempla a parceria entre a unidade, o Governo de Goiás, o Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (Sifaeg), a empresa Abengoa Solar Brasil e a Universidade de Brasília para constituição de um Grupo de Trabalho que fará estudos técnicos, econômicos e financeiros para geração de energia solar na unidade sucroenergética goiana.
O Grupo de Trabalho também irá definir possíveis linhas de financiamento e incentivos que possam favorecer o desenvolvimento desses projetos solares em outras usinas de Goiás.
Segundo a Jalles, a tecnologia se apresenta como uma solução para as empresas que fazem a cogeração de energia a partir da queima do bagaço de cana, que têm a exportação interrompida na entressafra.
O projeto inclui a captação da luz solar e o armazenamento de calor para produção de energia, utilizando as turbinas já existentes.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, diz estar muito feliz, porque a assinatura representa um marco para Goiás na produção de energia solar. “Conheço a trajetória da Jalles Machado, sempre liderada por um grupo de empresários empreendedores e visionários. Faremos tudo para que esse projeto se viabilize, através de incentivos a um setor que tem enfrentado muitas dificuldades. Vamos fazer de Goiás um grande produtor de energia renovável”, garante o governador, que esteve na sede da Abengoa, em Sevilha, em outubro de 2013.
Mais etanol não desgasta motor, diz Unica
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) rebateu ontem a Associação Nacional dos Fabricantes e Veículos Automotores (Anfavea).
São Paulo - A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) rebateu ontem (11) declarações do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes e Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, de que o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, de 25% para 27,5% trará prejuízos ao consumidor.
A Unica afirma que não há risco de desgaste das peças, pois "são produzidas com amplas tolerâncias". Em estudo a ser entregue ao governo, a Anfavea afirma que há possibilidade de maior desgaste nos componentes metálicos e de borracha nos carros a gasolina, além de dificuldade na partida.
A Unica é autora da proposta de aumento da mistura e discute o tema com o governo desde janeiro. A entidade também contesta, entre outros itens, a afirmação de que a medida vai gerar aumento de 20% nas emissões de aldeídos e de 75% nas de NOx (óxidos de nitrogênio).
Segundo a entidade que representa os usineiros, eventuais aumentos de emissões ficariam em torno de 15% para aldeídos e abaixo de 20% para o NOx. "Juntos, os impactos ambientais positivos com a mistura de 27,5% superam largamente o eventual aumento de emissões que poderia ocorrer", informa em nota.
Na lista de benefícios que a mudança traria estão, por exemplo, o impacto positivo nas contas da Petrobrás, ao reduzir a necessidade por produção ou importação de gasolina, e o impacto positivo para a balança comercial, além da melhora da qualidade do ar.
"A entidade entende que os argumentos de Moan não batem com dados que estão disponíveis", diz o diretor de comunicação corporativa da Unica, Adhemar Altieri. Procurada, a Anfavea não se pronunciou.
O aumento da mistura - nunca utilizada nessa proporção - está sendo avaliado pelos Ministérios da Agricultura e de Minas e Energia. O objetivo, segundo o governo, é atenuar o impacto do preço da gasolina para o consumidor e ajudar os produtores de cana-de-açúcar.
Segundo a Unica, há estimativas de que o setor pode perder de 40% a 50% das exportações de etanol anidro para os Estados Unidos neste ano. Aumentar a mistura seria uma forma de absorver essa demanda.