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Safra global de açúcar terá déficit de 200 mil toneladas em 2023/24
Consumo global deve crescer 0,9% ante 2022/23, chegando a 192,2 milhões de toneladas.
A StoneX revisou nesta sexta-feira (29/9) sua estimativa para a oferta e demanda mundial de açúcar no ciclo 2023/24, que terá início em outubro e se estende até setembro. De acordo com a empresa, o novo ciclo terá um déficit de 200 mil toneladas, um corte em relação as 300 mil que foram estimadas em julho.
“Os ajustes realizados na produção de alguns principais produtores (principalmente, da Ásia) vão em linha com o comportamento do clima entre os meses de julho e setembro”, disse a StoneX, ao comentar sobre o déficit de chuva em boa parte dos canaviais da Índia e Tailândia.
Em relação ao consumo global, a estimativa é de que haja aumento de 0,9% na comparação com 2022/23, chegando a 192,2 milhões de toneladas. Com isso, os estoques finais devem cair para 74,1 milhões de toneladas (-0,4%), fazendo com que a relação estoque/uso caia para 38,6% (-0,5 ponto percentual), menor valor desde a safra 2011/12, segundo a StoneX.
Mercado de açúcar: Fortes emoções à vista
O mercado de açúcar em NY encerrou a sexta-feira a 12.78 centavos de dólar por libra-peso, um aumento bastante robusto em relação à semana anterior (que foi de 12.22). Nós assistimos à expiração do contrato futuro de açúcar de NY com vencimento julho/2019 seguida de uma entrega surpreendente e recorde de 2.1 milhões de toneladas de açúcar, quebrando a marca anterior ocorrida em maio de 2015.
Entregas volumosas normalmente são percebidas com indisfarçável tom baixista, mas não se pode generalizar que essa se inclua nessa categoria. Um volume dessa proporção evidentemente manifesta que os vendedores (curiosamente, 97% do volume de empresas com base na Ásia) não conseguiram melhor preço do que aquele negociado pela Bolsa, ou não conseguiram se livrar dos açúcares que possuíam nas origens sem oferecer descontos que forçosamente teriam que ser maiores do que o custo de carregarem o próprio açúcar até que os compradores apresentassem o navio.
Há de se refletir, com o devido cuidado, que uma entrega nessa altura da safra do Centro-Sul, em que apenas 30% do que se estima moer já foi moído, pode ser um enorme incentivo para que as usinas continuem se beneficiando da produção de etanol e, consequentemente, podem caminhar para uma redução significativa de açúcar para o mix desta safra.
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